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BC discute uso de cartão de crédito entre empresas

Bancos e empresas do setor de cartões discutem com o Banco Central (BC) formas de estimular o uso de cartões de crédito para transações entre pessoas jurídicas, apurou o Valor.

Uma ideia na mesa é que uma empresa possa usar um cartão de crédito pré-pago associado a uma conta de pagamentos para transferir dinheiro à conta de pagamentos de outra companhia, o chamado B2B. Hoje, isso não é possível.

Regulamentada em 2013, a conta de pagamentos lembra uma versão simplificada da conta corrente, mas permite pouquíssimas operações e é destinada ao usuário final, que tem de sacar o dinheiro para movimentá-lo. É oferecida por uma instituição de pagamento, não necessariamente por uma instituição financeira.

Em geral, as credenciadoras de cartão – as donas das maquininhas – já são instituições de pagamento. Porém, atualmente o uso do instrumento é limitado.

Com o modelo proposto, um lojista poderia usar seus recebíveis de cartões de crédito para pagar um fornecedor, por exemplo, bastando fazer uma transferência para a conta de pagamentos dele. Segundo fonte que acompanha as discussões, o custo é competitivo quando comparado ao de uma operação semelhante feita via conta corrente.

O assunto foi debatido em reunião realizada na sexta-feira entre o diretor de política monetária do BC, Reinaldo Le Grazie, e representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs).

Procurados, BC e Febraban não comentaram o assunto. A Abecs não se manifestou até o fechamento desta edição.

As conversas fazem parte da ampla análise que o BC vem fazendo sobre o setor de cartões com o objetivo de detectar o que pode ser feito para tornar o mercado mais eficiente e reduzir o uso de dinheiro em espécie.

Outro dos temas em estudo diz respeito a uma mudança nas taxas aplicáveis às operações de débito, e a expectativa é que seja anunciada pelo BC em março. Segundo apurou o Valor, no início deste mês discutia-se a possibilidade de cobrança de 0,3% do valor da compra, mas com um teto de R$ 0,20. Hoje, há um percentual único independentemente do tamanho da operação, o que desestimula compras de maior valor com cartão de débito.

Paralelamente, o setor levou ao BC, no início do ano, uma proposta de criação de um produto alternativo ao parcelado sem juros nas operações com cartão de crédito. Representantes das empresas alegam que a ideia não seria substituir um pelo outro, e sim manter as duas opções disponíveis para o varejo.

O crediário seria uma linha oferecida pelo banco emissor ao portador do cartão, de acordo com seu perfil de crédito. Nesse modelo, seria viável reduzir o prazo de pagamento ao lojista dos atuais 30 dias para algo entre dois e cinco dias, como quer o órgão regulador. Porém, a medida é de implantação complexa e não se espera uma solução antes do próximo ano.

Fonte: Valor Econômico

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