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Quando uma empresa é lucrativa e não consegue ter caixa para pagar suas contas

Vários empresários diariamente se vêem envolvidos com um volume substancial de informações e relatórios gerenciais que lhes dão sinais do andamento dos negócios, porém dois indicadores são fundamentais: Liquidez e Lucratividade.

Liquidez, em contabilidade, corresponde à velocidade e facilidade com a qual um ativo pode ser convertido em caixa. Por exemplo: ouro é um ativo relativamente líquido, pois pode ser rapidamente vendido; uma instalação fabril não o é. Na realidade, a liquidez possui duas dimensões: facilidade de conversão versus perda de valor. Qualquer ativo pode ser convertido em caixa rapidamente, desde que se reduza suficientemente o preço.

A liquidez tem valor. Quanto mais líquido o negócio, menor é a possibilidade de que venha a se encontrar em uma situação de insolvência (isto é, dificuldade de pagar). Infelizmente, os ativos líquidos geralmente são menos rentáveis. Por exemplo, o saldo de caixa é o mais líquido dos ativos, mas algumas vezes ele não gera retorno algum, pois apenas está lá, parado. Existe, portanto, uma escolha entre as vantagens da liquidez e a perda de lucros potenciais.

Muitos bancos afirmaram que a questão do crédito não é de liquidez, mas sim de solvência. O motivo é que o crédito não é norteado pela oferta de moeda, e sim pela possibilidade de maximizar os lucros mediante cortes de empréstimos e estímulos ao endividamento.

Lucratividade é o retorno positivo de um investimento. Na economia, o termo lucro tem dois significados distintos, mas relacionados. O Lucro Normal representa o custo de oportunidade total (explícitos e implícitos) de uma empresa, de um empreendedor ou investidor, enquanto que o Lucro Econômico é o que domina a economia moderna, a diferença entre a receita total da empresa e todos os custos, inclusive o lucro normal.

Digamos que as vendas sejam feitas com prazos para recebimento de 30 dias e as compras tenham um prazo de 60 dias para liquidação, porém, os valores recebidos não são suficientes para honrar todos os compromissos.

Sendo a questão tão óbvia, porque muitos gestores demoram a perceber os problemas, principalmente com relação à falta de liquidez?

O fluxo de compras e vendas não são lineares, há a questão da sazonalidade, queda de vendas inesperadas com alta estocagem, precariedade no planejamento, seja em vendas, compras ou produção, de forma que o processo se torna complexo e o problema não se configura de fácil percepção para um gestor sem especialização em finanças.

Uma empresa pode se mostrar lucrativa, mas ter problemas devido ao fato de que recebe os valores de suas vendas num instante bem distante em que vencem seus compromissos.

Liquidez é urgente, pois você precisará dela para honrar com as suas obrigações financeiras. Muitas vezes as empresas vendem seus produtos a preço de custo para conseguir caixa e liquidar seus pagamentos. Uma atitude correta, pois neste caso o foco momentâneo não é obter lucro e sim liquidar as contas.

Rentabilidade

Margem Bruta (MB) =
Lucro bruto ÷ Receita Oper. líquida

Margem Líquida (ML) = Lucro líquido ÷ Receita Oper. líquida

Rentabilidade do capital próprio (RCP) = Lucro líquido ÷ Saldo médio do Patr. líquido

Com estes indicadores é possível verificar o descompasso entre as entradas e as saídas de caixa, pois conseguimos mensurar o tempo médio de recebimento das vendas a prazo, e o tempo médio de pagamentos a fornecedores. No confronto destes dois índices é possível verificar o quanto o prazo para pagamento de fornecedores é maior ou menor que prazo oferecido para recebimento dos clientes. É altamente recomendável que esta relação seja positiva dentro das organizações.

Alavancagem Financeira

Esse índice está relacionado à intensidade com a qual a organização faz uso de recursos de terceiros, no lugar dos recursos próprios. Identifica a chance de que a empresa pague suas dívidas em dia. Os principais índices utilizados nesse grupo são índice de endividamento e cobertura de juros.

Nível de endividamento

Demonstra a dependência da empresa em relação aos recursos obtidos com terceiros, como bancos, por exemplo. Quanto mais a empresa depender destes recursos maiores serão as despesas financeiras referentes pagamentos de juros.

Quando o endividamento da empresa está fora de controle, poderá provocar a quebra da mesma. Portanto, o cálculo e o acompanhamento desse indicador é de suma importância.

O cálculo do nível de endividamento da empresa, é realizado com base nas informações obtidas no Balanço:

Fórmula: Nível de endividamento da empresa = Total do Passivo: Total do Ativo

Exemplo:

Fornecedores + Contas a Pagar + Empréstimos: Total do Ativo

R$ 11.250,00 + R$ 5.000,00 + R$ 0,00: R$ 40.000,00 = 40,63%

Como demonstrad

o, o nível de endividamento ficou em 40,63%. Podemos interpretar esse indicador da seguinte forma: 40,63% dos recursos financeiros aplicados nos ativos da empresa (disponível, contas a receber, estoques e imobilizado) são financiados com recursos de terceiros (bancos, fornecedores e demais credores) e os outros 59,37% são recursos próprios financiando os ativos da empresa. Podemos deduzir que a participação de capitais próprios na empresa é maior que os recursos de terceiros investidos nela. Portanto, o nível de endividamento é satisfatório.

Seria importante que a empresa mantivesse esse índice em torno de 50% , no máximo. Pois quando o índice supera os 50%, significa que a empresa tem mais recursos financeiros de terceiros investidos nela do que recursos próprios.

Importância da Análise Financeira

A análise dos indicadores de desempenho são muito úteis, não somente na gestão da própria empresa, mas também para a obtenção de financiamentos, pois os bancos, em geral, analisam a capacidade da empresa de arcar com os encargos de uma eventual a dívida através desses mesmos indicadores.

A análise financeira pode ser usada para fornecer informações consistentes para convencer os sócios existentes, ou potenciais, de que é um bom negócio investir mais dinheiro na empresa.

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